CNA debate importância dos bioinsumos na produção
Brasília (07/11/2024) – O diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou, na quarta (6), em Brasília, do Fórum Bioinsumos Brasil, que discutiu desafios e oportunidades para o desenvolvimento desse mercado no país.
O evento foi realizado pela Croplife Brasil e teve a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e reuniu representantes do governo, parlamentares, especialistas e lideranças do setor produtivo em debates sobre economia e inovação.
Lucchi foi um dos expositores do painel sobre o tema “O Brasil como plataforma de produção, consumo e exportação de tecnologias agrícolas sustentáveis”. O diretor destacou a importância dos bioinsumos na agricultura e as oportunidades com esses produtos.
Neste contexto, ele destacou a atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) em fornecer capacitação e assistência técnica para ajudar o produtor rural na utilização dos bioinsumos para aumentar a produtividade.
Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA
“Essa tecnologia hoje tem uma aceitação muito boa pelo produtor e não tenho dúvidas de que ele vai prosperar ainda mais com a produção on farm (na propriedade) tendo possibilidades de redução de custos”. Outro ponto abordado por Lucchi foi a questão do financiamento desta tecnologia para pequenos e médios produtores.
Ele explicou que há linhas de crédito voltadas para a aquisição de insumos, mas ressaltou a necessidade de os recursos chegarem com mais agilidade na ponta para que os produtores possam utilizá-los para esta finalidade. “Esse é um ponto importante para avançarmos”.
O diretor mencionou também a parte de pesquisa e desenvolvimento como alavancagem dos bioinsumos, a partir de investimentos e de parcerias público-privadas para assegurar o registro de mais produtos no mercado.
Por último, Lucchi defendeu um marco legal para os bioinsumos para dar segurança jurídica à produção. “Isso será importante tanto para o produtor seguir produzindo on farm como para as empresas não terem um processo burocrático de registro e não impedir a entrada de novos produtos no mercado”, justificou.
Desta forma, acrescentou, o marco legal permitir mais aportes de investimentos nestes produtos. “Se já produzimos de forma sustentável, os bioinsumos reforçam esse papel e nós poderíamos agregar mais valor aos nossos produtos para exportação com mais sustentabilidade”.