Feiras movimentam mercado rural do DF com a comercialização da produção agrícola
Parte da produção agrícola da capital federal é comercializada nas feiras difundidas pela cidade, garantindo o sustento de muitos produtores da agricultura familiar. Em praticamente todas as regiões administrativas, há pontos criados com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), onde são vendidas hortaliças, verduras, frutas, pescados, aves, suínos e produtos agroindustrializados, como queijos e doces.
“A Emater trabalha com comercialização há muitos anos, porque entendemos que precisamos ajudar o produtor, então o projeto das feiras é muito importante para isso”, afirma o presidente da empresa, Cleison Duval. “Nosso trabalho vai desde a produção e o acompanhamento da atividade, lá na chácara do produtor, até a padronização e a melhor forma dele levar esse produtor para a feira.”
Feira do Produtor
Há oito anos, o produtor rural José Maurício Rocha começou no segmento cultivando e vendendo abacate. O sucesso da comercialização o levou a ampliar a produção. Hoje, ele cultiva tomate, maracujá-do-cerrado, quiabo, chuchu, pimentão, banana e folhagens em uma propriedade no Núcleo Rural Capão da Onça, no Paranoá. Tudo que produz, ele comercializa em três feiras no Paranoá, na Vila Planalto e no Lago Sul.
“Quando comecei, eu levava duas caixas e vendia; depois só foi crescendo”, conta. “Hoje, todo o meu sustento vem das feiras.” E José Maurício quer aumentar ainda mais a comercialização. A ideia agora é investir na criação de galinhas, o que ele vai fazer com o auxílio da Emater-DF. “Já estou até com um curso com eles marcado. A Emater nos ajuda muito. Eles nos ensinam a plantar, a vender. É um baita auxílio.”
No Paranoá, um dos pontos mais conhecidos é a Feira do Produtor, montada todo domingo em um estacionamento no Setor de Oficinas. Por lá, as opções são variadas. “É uma feira livre que tem produtos de hortícolas frescos, in natura, pescado, agroindustrializados, temperos e também outras coisas de alimentação”, resume Rafael Lima, extensionista da Emater-DF no escritório do Paranoá. “É uma feira bem diversificada para atender a demanda dos consumidores da região”.
Todos os domingos, a babá Noraci da Costa vai até a feira garantir frutas e verduras para passar a semana. “Tudo aqui é muito bom, seja pela qualidade, seja pelo preço. Para mim, essa feira é maravilhosa, perfeita, nota 10”, define. Neste domingo (18), ela saiu do local para a sua casa no Itapoã com maçãs, tomates e quiabos.
Quem também não abre mão de frequentar a Feira do Produtor do Paranoá é a técnica em enfermagem Selma Cristiane Xavier, 50. A cada 15 dias, ela deixa o Altiplano Leste em direção ao Paranoá só para comprar verduras, legumes, polpas e peixes: “Quase todo domingo eu estou aqui. Acho os produtos excelentes. É mais em conta e tudo fresco”.
Venda de orgânicos